10 março, 2010

Fresta

 
Em meus momentos escuros, em que mim não há ninguém, e tudo é névoas e muros, quanto a vida dá ou tem. Se um instante, erguendo a fronte, de onde em mim sou aterrado. Vejo o lonjinquo horizonte cheio de sol posto ou nado, revivo existo, conheço. E ainda que seja ilusão, o exterior em que me esqueço, nada mais quero nem peço. Entrego-lhe o coração. Fernando Pessoa

Dashboard Confessional -Everybody Hurts

2 comentários:

  1. Um excerto de muita intensidade..talvez amarseja isso, a vida q antes era dentro passa tb a ser fora no outro, a quem entregamos o coração.

    Lindo Clarinha, e Pessoa e suas formas de sentir né! Esse eu não conhecia.

    Bjos

    Erikah

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  2. MARAVILHOSO o poema Clara.
    De uma sensibilidade e um bom gosto incrivel.
    E entregar o coração é algo para poucos (tanto pros que entregam qto pros que aceitam).
    Então, que essa entrega seja feliz! :)

    Beijos

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